A Verdade Sobre o 13º Signo

A ABA recebeu centenas de emails pedindo uma resposta aos astrônomos, que mais uma vez interferem no assunto que ignoram por completo.

A notícia é antiga e sempre volta a ter destaque.

Antonio Facciolo Neto - Diretor Técnico da ABA: um dos mais antigos e respeitados Astrólogos do Brasil, fala sobre os boatos do 13º signo.

Transcrevemos o video na íntegra.

Bem, estamos diante de uma recorrência, ou seja , astrônomos se utilizando da precessão dos equinócios, que foi descoberta há mais de 5 mil anos na antiga Índia, e querendo modificar o zodíaco, modificar os signos.

O que eu tenho a transmitir pra vocês é que esse tipo de argumento é completamente falso, mostrando que a base deles, que é apenas descritiva e quantitativa nada tem a ver com o que se faz em astrologia. A noção que os astrônomos têm do zodíaco é completamente diferente e falsa da noção que os astrólogos têm do zodíaco, que são ciclos vitais .

Zodíaco é um circuito, um ciclo vital.

Se você já viu um transferidor, um sistema de medida circular que vai de 0 a 360 graus, ele tem um ponto zero. Esse ponto zero vai ser posto no início de qualquer zodíaco, vai ser dividido por 12, porque 12 é o número ideal para se dividir um ciclo, é o número mais divisível que existe.

Dessa maneira o zodíaco, em astrologia, é um circuito, um ciclo vital e esse ciclo vital vai ter a mesmas direções em qualquer zodíaco.

Eles pensam que só existe zodíaco de constelações, que é o mais inadequado para se dividir o circuito, porque as constelações têm tamanhos diversos, tem signos de 14 graus, tem signos de 51 graus, portanto é impraticável utilizar o zodíaco de constelações.

O Zodíaco é um ciclo e um circuito, que começa na primavera no Hemisfério Norte, ou seja, no início das quatro estações do ano.

Começa pelo Norte porque em astrologia o Norte é preponderante sobre o Sul. Se você utilizar o outro zodíaco, que é o zodíaco sinódico Lua/Sol, você começa sempre ele no lugar da Lua Nova.

Se você se utilizar do zodíaco terrestre, ele está sempre começando o circuito na aurora de qualquer lugar onde você estiver e ele também será dividido por 12.

Em astrologia se utiliza de uma lei de Hermes Trimegisto, chamada Lei de Correspondência.

Ou seja,  o que está no grande universo é igual ao que está no menor.

Se você tiver as 4 estações do ano no circuito do ano, você terá: primavera, verão, outono e inverno. Se você tiver no zodíaco do dia, você terá: aurora, meio dia, crepúsculo, meia noite.

Se você tiver ela no zodíaco sinódico lua/sol, você terá: lua nova, crescente, cheia e minguante. São sempre os mesmos fenômenos, na divisão dos circuitos por 4 estações, cada um deles com um tamanho, com uma diferença de tempo e espaço, mas são sempre os mesmo fenômenos. Ou seja, baseados na antiga lei de Hermes Trimegisto, o que está no grande universo é igual ao que está no menor.

Portanto, é inútil tentar mudar esse zodíaco, baseado em constelações, porque não foi assim que os astrólogos dividiram esse circuito.

Mesmo na antiga Índia, onde se usa o zodíaco sidéreo, não é por constelações, porque é impraticável como eu disse.

Na antiga Índia eles começam numa estrela, que é o zodíaco que não tem equinócio, ou seja, começa numa estrela das constelações, divide-se por 12 com etapas de 30 em 30 graus.

Nem sequer os que usam o zodíaco sidéreo, usam a divisão por constelações, que é uma divisão arbitrária, baseada apenas nas principais estrelas da área, ignorando outras estrelas que são vistas naquela constelação, se você utilizar binóculos ou telescópio.

Portanto, a inutilidade do zodíaco de constelações para fazer horóscopos individuais é marcante.

O zodíaco de constelações é usado pela astrologia para pesquisar a história da humanidade como um todo.

Então, você tem inúmeros zodíacos em astrologia, inúmeros circuitos, inúmeras etapas.

Então é inútil que os astrônomos queiram ter descoberto a precessão dos equinócios agora, para começar a utilizar o zodíaco de constelações, quando nem sequer na Índia, em que se usa o sistema sidéreo, se utiliza o sistema de constelações. Se utilizam 12 etapas de 30 em 30 graus.

Portanto fique tranqüilo ou tranqüila, continue usando seu signo dando ênfase à astrologia individual, bem feita por um bom astrólogo, e não ao folclore existente nos meios de comunicação.

De alguma forma, acaba tendo algum valor sociológico e tal, mas não é Astrologia.

A verdadeira astrologia é baseada na astronomia e em cálculo de precisão.

Eu digo agora para que vocês possam ter uma noção exata da situação.

O que foi que os astrônomos descobriram?

Tudo que tem astronomia,foi descoberto pelos astrólogos antigos, numa época em que astronomia e astrologia não tinham separação.

A astronomia acabou se separando da astrologia, perdeu a alma, só é quantitativa e descritiva. Enquanto que a astrologia até hoje se preocupou em mostrar a qualidade desses efeitos.

E se você não pesquisa a qualidade desses efeitos, você jamais vai saber como funciona o zodíaco. Porque a observação é empírica, é a prática diária, a prática de milênios que mostrou que aquilo é desse jeito.

No Ocidente, a precessão dos equinócios, foi descoberta por Hiparco no século II a.c.

Como dissemos, na Índia há cinco mil anos atrás, já se conheciam todos os fenômenos astronômicos.

É muito importante que o astrólogo respeite as descobertas modernas da astrofísica.

Tudo de astronomia moderna que foi descoberto, foram descobertas dos astrofísicos e não dos astrônomos. Porque o ele eles têm foram os Astrólogos do passado que deixaram para eles.

Portanto, deveriam ter um pouco mais de respeito pelos astrólogos.

O que nós da Associação Brasileira de Astrologia (ABA), a Ordem Nacional dos Astrólogos lamentamos que muita gente que foi responder a isso como astrólogo, estava completamente despreparado para encarar esse debate.

Lamentamos profundamente, mas podem se basear no que nós esclarecemos que é a palavra oficial da astrologia brasileira sobre o assunto.