A Influência da Lua nas Doenças Mentais

Prof. Salvatore de Salvo (ABA – 199)
Publicado no Boletim da ABA nº 21 – ano XII – 1985

Assim escrevia o eminente médico, sábio e Iniciado Feilpe Teofrasto de Hohenheim  há quase cinco séculos:  

“É curioso observar – como fizeram alguns – de que maneira influem, aumenta e irritam essas doenças nervosas as mudanças nos aspectos da lua e dos planetas em geral, assim como outras variações celestes, ao ponto de dar lugar ao nascimento de determinadas seitas que acreditam , umas nas estrelas, outras nos santos.....- Cabe então aos médicos julgarem essas seitas, porem em ordem suas teorias e revelar o verdadeiro fundamento dessas coisas.”

Sem dúvida, essa solicitação continua não sendo atendida, porque os médicos persistem em seu temor de ofender o fanatismo institucionalizado e a ignorância generalizada.

Pensamos, seja já tempo de romper essas  amarras e lançar-se a comprovar ou descartar de uma vez por todas as influências cósmicas em nossos organismos, em nossa conduta e em nosso destino.

Mostraremos, com essa finalidade, e como indicador, um número de hospitalizações no hospital psiquiátrico nacional da república do Panamá, nos anos 78/79, localizando-as na lua crescente, minguante , cheia e nova para comparar à densidade das internações de acordo com a posição de nosso satélite.

Desde a mais remota antiguidade, na época dos caldeus, a influencia climáticas das variações lunares era conhecida e pensa-se hoje que os caldeus, conheciam sobre isso, muito mais do que conhecemos nós agora.

Os camponeses de todos os países, sabem que sua operações de poda, enxertos, talos e transplantes, são regidas pelos aspectos lunares. Essas crenças , levianamente qualificadas, como superstições, encontram-se hoje comprovadas pelos computadores.

Os pescadores conhecem as influências lunares nos hábitos dos peixes e adaptam suas atividades à esse ritmo cosmo-biológico.

Mas foi só em 1959 que foram conhecidas cientificamente, as inter-relações entre nosso planeta e seu satélite, a Lua.

Graças aos trabalhos de Nicolai Kozyrv, que estudou os 630 terremotos mais importantes, de 1904 a 1967, foi possível saber que a cada terremoto lunar, sucede um terremoto terrestre, num prazo que não excede dois ou três dias.

Já em 1941, Schulz, Mironovick e Viart, em 1958 e Donald A. Bradley e Max A. Woodburg em 1962, simultaneamente, a Adderley e Bowen, demonstraram a influência da Lua nas precipitações atmosféricas e comprovaram que geralmente aumentam, nos dias que precedem a lua cheia e a lua nova.

Isso já foi compreendido com clareza, quando o Satélite Mp-I informou que o “vento solar” era detido e desviado pela lua quando esta se encontrava em certos aspectos solares. Com isso ficou comprovado, que as fases lunares regulam a chuva de poeira meteórica que vai constantemente e que está na origem da condensação do vapor de água em chuva.

Sabemos que a vida se manifesta em ritmos e pausas. Existe no planeta um ritmo diário que depende da rotação da  Terra sobre seu eixo(circadiano), um ritmo mensal condicionado ao giro que a Lua dá em volta da Terra e um ritmo anual que se origina na rotação da Terra em torno do Sol. Esses períodos exercem influência  sobre tudo que tem vida.

Todos os ritmos psicológicos dos seres vivos, tendem a se ajustarem ao meio ambiente. O protoplasma tem uma capacidade intrínseca de organizar seu tempo vital em ritmos de tempo regulares, dando assim, à reação biológica essa característica singular.

Muitos animais marinhos estabelecem seus ciclos reprodutivos baseando-se no ritmo das marés que, como sabemos, são originados pelas lunações. Outros estabelecem diretamente seu comportamento biológico a partir da atividade lunar. Basta observar como as ostras e os ouriços se “enchem” na Lua Cheia e se “esvaziam” na Lua Nova.

Em 1956, Hartland Rowe e Macdonal observaram também que o ritmo de desenvolvimento de vários insetos estava relacionado com fases lunares. E, em 1959, Brown e Tarrasini, comprovaram que os ratos condicionavam suas atividades segundo posições lunares.

Frank Brown estudou, ainda durante três anos, animais e plantas tão diferentes como ostras, caranguejos, vermes, salamandras e ratos, e chegou à incrível conclusão que, mesmo isolados de seu meio habitual, esses animais sabem o lugar exato onde se encontra a lua a cada momento e “se regulam segundo o período lunar”.

A incrível experiência com as ostras já é famosa no meio científico Brown, transladou um lote de ostras a 1600 km de distância do mar e, ao cabo de 15 dias, esses animais abandonaram a diretriz de sua conduta marcada pelas marés e adaptaram ao ritmo da passagem da lua pelo meridiano local.

Mas Brown conseguiu algo ainda mais surpreendente: a “ bússola biológica”, baseada no fato de que a posição do Sol e da Lua, com relação á Terra, altera a direção de nosso campo magnético e que os animais podem perceber isso.

A experiência consistiu em colocar numa garrafa alguns vermes planárias e deixa-las cair, pondo a garrafa horizontal.

Os animais dirigiam-se 10 graus para o Norte se a Lua era Nova e 10 graus para o Sul, se era Lua Cheia. Estabelecendo assim, uma verdadeira “bússola biológica”.