A Colaboração entre a Medicina e a Astrologia - Parte 4

Tese apresentada no I Congresso Brasileiro de Astrologia (Outubro de 1980)
Por: Jean Perrier (ABA – 109)
Publicado no Boletim da ABA nº  18 – janeiro de 1982 - ano IX

Astrologia e Psicoterapia

Astrologia e psicoterapia não são tão afastadas quanto possa parecer; a ambas interessa o comportamento do indivíduo. A primeira, nos informa o caráter e suas possibilidades; a segunda, tem como objetivo liberar o homem dos problemas psicológicos que o impedem de se realizar.

Por quê então, essas duas ciências não se completariam?

A experiência já foi tentada, analisando principalmente o que acontece no ponto de vista astrológico quando de uma terapia de grupo. O estudo do mapa astrológico de nascimento de todos os membros do grupo, inclusive do psicoterapeuta, é muito revelador.

Com freqüência o mapa dos pacientes revela um grande número de quadraturas e oposições, o que comprova as dificuldades que sentem nas suas relações com os outros.

O objetivo do psicoterapeuta é justamente de ajuda-los a lidar com seus problemas de maneira equilibrada. Então, é impreterível que bons aspectos existam entre os planetas do psico-terapeuta e dos componentes do grupo.

Nesses casos, seis planetas são mais importantes: Urano, Netuno, Saturno, Júpiter, Plutão e Marte, Vênus e Mercúrio.

Urano vem em primeiro lugar pois favorece a liberação progressiva dos indivíduos. Esse astro, responsável pelas revoluções e transtornos, permite tomar consciência do que é possível modificar e se voltar para o futuro, rejeitando o que era nefasto no passado.

Netuno, o planeta das ilusões, inclina a se ter uma imagem muitas vezes falsa da vida e de seus valores. O homem, torna-se incapaz de aceitar a realidade tal como ela é. A ação terapêutica auxiliará o indivíduo a se libertar desta influência netuniana.

Saturno rege o esforço e a resistência. Esse planeta permite ao paciente triunfar sobre as angústias suscitadas pela descoberta do que realmente ele é. Graças à sua influência estabilizadora, o homem emerge da tempestade uraniana e um novo equilíbrio se forma.

Júpiter, planeta da expansão e do otimismo, favorece a integração do individuo no grupo. Portanto, conseguir criar um grupo homogêneo é essencial. O êxito do grupo pode permitir a seus membros progredir mais rapidamente.

Plutão, favorece a assimilação de novos dados. Seu papel é permitir ao indivíduo encontrar sua verdade; seu poder regenerador. Explica as metamorfoses espantosas depois de uma psioterapia.

A influência de Marte, bem guiada, facilita a tarefa do terapeuta, proporcionando a seus pacientes o desejo de realizar novas experiências, e a força de tirar conclusões úteis.

Esperamos que esse método seja aplicado ao máximo, na construção dos grupos de psicoterapia, ao invés da seleção dos componentes basear-se exclusivamente em critérios como idade, interesses pessoais, etc.

Não  é suficiente conhecer astrologia para aplica-la a um ramo qualquer de atividade e do saber. É preciso possuir, também sérias noções do setor no qual se deseja introduzi-la. A Astrologia Médica, por exemplo, não foge a esse requisito.

Informar, guiar, esclarecer e ajudar são os objetivos dos astrólogos, pois a melhor recompensa que podem receber é aliviar o peso das dúvidas e das inquietações, conseguir afastar um perigo, contribuir para consolidar a esperança do futuro, devolver às almas abaladas a vontade de agir, servindo, enfim de interprete à linguagem dos céus, executando uma tarefa digna do mais bonito sacerdócio.

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