A Colaboração entre a Medicina e a Astrologia - Parte 2

Tese apresentada no I Congresso Brasileiro de Astrologia (Outubro de 1980)
Por: Jean Perrier (ABA – 109)
Publicado no Boletim da ABA nº  18 – janeiro de 1982 - ano IX

Para cada signo o remédio adequado

Cada astro do nosso sistema solar está relacionado com determinadas espécies de plantas, corpos simples, compostos químicos, e também com as cores. Ora, a experiência comprova que, sem saber, o medico prescreve medicamentos, ou outros meios de cura, que se assemelham ao fator astral causador da doença.

Muitas vezes, cura-se o mal com elementos semelhantes ou com seu antídoto, o que também se confirma astrológicamente. Por exemplo, para se tratar uma  doença determinadas por Marte, utilizamos o remédio de Marte, ou então, de Saturno.

Na Inglaterra, vários médicos, após procederem a uma classificação dos sais bioquímicos de acordo com os signos do zodíaco, obtiveram, pela administração desses sais, numerosos casos de cura imediata e radical. Esses casos haviam resistido a qualquer outro tratamento.

Foram utilizados, para doenças determinadas, sais bioquímicos pertencentes ao signo zodiacal que rege o órgão doente, e também ao signo exatamente oposto. Para curar, por exemplo, uma doença da garganta, sais peculiares ao signo de Touro e Escorpião estão sendo administrados.

Considerando-se a correlação entre os signos do Zodíaco e as diversas partes do corpo humano, e a oposição dos seis primeiros signos aos seis outros, pode-se comprovar fatos bastante curiosos. Touro, por exemplo, governa o pescoço, a garganta, as cordas vocais e a voz. Escorpião, seu oposto, rege o aparelho genito-urinário.

Verificamos que existe entre os órgãos acima citados, uma relação de causa e efeito.

Na puberdade, época da formação sexual, a voz do adolescente transforma-se e se desenvolve.

Os cantores profissionais sabem muito bem que as relações sexuais têm influência sobre a qualidade da voz.

Outro exemplo: o signo de Virgem rege o abdomem, o ventre e em particular, o intestino delgado. Seu oposto, Peixes, governa os pés. É curioso verificar que algumas doenças intestinais são contraídas pelos pés e,principalmente, quando eles são expostos ao frio e à humidade.

De certa maneira, o exame astrológico pode ser comparado ao exame radiográfico, detectando mais as causas profundas do que os sintomas externos. O tema natal fornece, em qualquer caso, uma ideia exata da constituição e vitalidade de uma pessoa, seu grau de resistência e funcionamento orgânico.

Ele dá ainda, uma ideia de circulação sanguínea e do sistema respiratório e nervoso; indica os pontos fracos do organismo, as lesões existentes, as taras hereditárias, e as predisposições para determinadas doenças.

É possível saber claramente a duração ou acuidade das doenças, se são benignas ou malignas, facilmente curáveis ou não,  agudas ou crônicas. No tema, descobrimos também os riscos de acidentes e as possíveis intervenções cirúrgicas.

As direções ou sistemas especiais de cálculos que possibilitam fazer incursões no passado e no futuro, são também de grande utilidade para médicos e pacientes.

Não se trata absolutamente de processos ocultos ou divinatórios, mas de verificações baseadas em simples fenômenos astrológicos, como os ciclos planetários e os trânsitos (passagem dos astros sobre locais que ocupavam no momento do nascimento ; esses lugares ficam marcados para toda a existência).

Assim, ao observar o andamento desses astros no céu, em relação ao mapa natal, podemos encontrar graças às efemérides astronômicas, o momento provável de eclosão de uma doença que se deu no passado e também os períodos de má saúde no futuro.

Pode-se determinar ainda quando a cura e a convalescencia começarão.

Muitas vezes notei que, quando o planeta marte chegava a uma zona patogênica, cedendo lugar a uma inflamação infecciosa, aceleração do pulso e febre. Em alguns casos, percebi que a passagem de marte antecipava fortes hemorragias ou então a necessidade de uma intervenção cirúrgica.

Verifiquei ainda que, a conjunção de Marte e Vênus, dependendo de em que signo isso ocorria, provocava irritações, problemas inflamatórios ou infecção de garganta, rins ou ovários. Com a Lua, Marte provoca, perturbações gástricas, irritação ou excesso de acidez estomacal.

Tratando-se da mulher, haviam regras extremamente abundantes ou dolorosas, até mesmo inflamação da bexiga, principalmente se marte se encontrava no signo de escorpião.

Com Júpiter o transito de marte se traduzia muitas vezes, por excesso de pressão arterial ou por hipertrofia do fígado.

Marte pode causar problemas de saúde ao transitar pelos setores VI e XII ou divisões do céu situadas acima do horizonte e abaixo do horizonte ocidental.

Constatei que Marte, ao passar pelo setor VI de Áries – signo que governa a cabeça – provocava violentas enchaquecas e sangramentos no nariz. Em Touro, signo da garganta, anginas, em câncer, acidez no estômago, em virgem enterocolites, etc.

Os efeitos causados por Saturno, são diametralmente diversos. As doenças que ele provoca são mais demoradas e talvez mais penosas, devido à sua ação simultãnea com o físico e a psique. A passagem de saturno sobre o Sol natalício é sempre muito perigosa. Em certos casos, principalmente quando a pessoa é idosa e débil, um simples trânsito dessa espécie, é suficiente para provocar a morte. 

Utilizando-se as técnicas astrológicas quando uma pessoa tem uma doença bem determinada, torna-se fácil saber se é um mal passageiro que deixará vestígios (trânsito planetário sobre um planeta bem situado no mapa de nascimento)ou pelo contrário, trata-se de uma lesão ou vício qualquer do organismo já determinado pela dissonância dos planetas de nascimento.

Neste último caso, é indicação de doença mais séria.

Os mesmo processos astrológicos que permitem prever individualmente, os períodos de manifestação das doenças, podem ser explicados ao destino coletivo pelo exame das configurações mundiais e dos mapas lunares tornando possível a previsão das epidemias.

É possível saber da mesma forma, os períodos em que doenças não contagiosas se manifestarão em série. Assim, por exemplo, eu havia dito a um cirurgião que, numa certa época ele teria trabalho em excesso devido a numerosos casos de operação.

Mais tarde soube que, por várias vezes, ele havia atendido acima de dez chamados de apendicite purulenta no mesmo dia.

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